A Rapariga das Luvas (2016)

Sequem as Lágrimas, Ouçam a Pintura das Palavras

Produção EM PRODUÇÃO

Drama  

Realização:  ·  João Botelho

Argumento:  ·  João Botelho

“Um melodrama terrível da condição humana”. A história de duas irmãs que vão parar a um bordel como forma de escapar ao pai austero que lhes queimava as mãos quando se portavam mal.

Tomado conhecimento por uma conversa tida com Oliveira, as gravações decorrem quase inteiramente no Palácio da Bolsa, estendendo-se ainda aos jardins de Serralves e ao Grande Hotel de Paris.

O elenco desta ficção conta com as participações de Leonor Silveira, António Durães, Maria João Pinho além da participação discreta de várias figuras do Porto e deverá estrear em abril ou maio de 2016, um ano depois da morte do realizador. O filme, produzido pela Ar de Filmes, conta com o apoio da Câmara Municipal do Porto e da RTP.

[Duas irmãs vão parar a um bordel, fugidas da casa de um pai austero que lhes queimava as mãos no fogo quando se portavam mal. A Rapariga das Luvas (já se percebeu o porquê de usarem luvas...) é um filme de ficção imaginado por Manoel de Oliveira, nos idos anos 30 do século passado, numa época anterior a Aniki Bobó, e que João Botelho tem estado a filmar no Porto como forma de homenagear o cineasta falecido em abril passado. É “um melodrama terrível da condição humana”, conta-nos Botelho, no meio das filmagens no Palácio da Bolsa, um dos cenários do filme totalmente rodado no Porto (também nos jardins de Serralves e Grande Hotel de Paris). O cineasta conheceu a história imaginada por Oliveira (mas nunca filmada por ele), durante uma das muitas conversas que manteve com o realizador. Teria uns 27 anos quando o conheceu durante a rodagem de Amor de Perdição. “Passeava com ele pela Avenida da Liberdade, em Lisboa, para cima e para baixo”, recorda. Este será “um filme para devolver a bênção que o Manoel me deu quando comecei a filmar.” A preto e branco e mudo (o nome original era Prostituição ou a Mulher que Passa), a ficção terá a duração de meia hora, e constitui a parte final de um documentário mais alargado acerca das técnicas de cinema que Oliveira nos deixou. “Fez sempre um cinema antes do seu tempo”, lembra Botelho.
(Fonte: Florbela Alves, Revista Visão - veja o website externo)]

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