Fim de Linha (2016)
End of Line
N/C
14 min
Realização: · Paulo D'Alva · António Pinto (II)
Argumento: · Paulo D'Alva
[Film based on real events that never happened, but that may happen, you never know...Any reality with purely coincidence is resemblance.]
Mais informações: Website externo
Animação: · André Marques · Vitor Hugo Rocha · Alexandra Ramires · Laura Gonçalves · Paulo D'Alva · Diana Peixoto
Argumento: · Paulo D'Alva
Edição: · António Pinto (II) · Carlos Amaral
Fotografia: · Paulo D'Alva · António Pinto (II)
Música: · Dead Combo
Realização: · Paulo D'Alva · António Pinto (II)
Som: · Pedro Ribeiro · Pedro Marinho
“Fim de linha” trata do tema da culpa em diferentes dimensões do real e do irreal. Começa com uma tentativa de fuga nos carris da mente que é travado por impressões de um passado sempre presente. Como libertação final dá-se o confronto com os resquícios de uma memória que persiste . Este filme representa um conflito entre a humanidade, o mundo maquinal, a técnica, o mundo real e o imaginário.
"...um filme de contrastes: a animação e as imagens de arquivo, a cor e o preto e branco, a musicalidade (cortesia dos Dead Combo) e a mudez das personagens, o registo surrealista (predominante) e o realista (proveniente das referidas imagens de arquivo), enfim, a omnipresente – mas ambígua – noção de tempo (os inúmeros relógios que vão aparecendo simbolicamente) e a descontinuidade temporal e lógico-narrativa de todo o filme. Quebra-cabeças misterioso e intrincado para o espectador, mas não menos poético e melancólico, do filme poder-se-ia sugerir ser, todo ele, um sonho, um delírio, enfim, uma fantasia própria de uma criança que não quer crescer, ideia favorecida pela sensação de recusa da passagem do tempo (12h17m e 20h17m são as horas que, invariavelmente, os relógios apontam) e de uma certa nostalgia pela infância (o baloiço, o miúdo defronte do comboio). São várias as pistas e as “pontas soltas” interpretativas que vão sendo deixadas aqui e ali (o “Crime e Castigo” de Dostoiévski…), mas é na contemplação e não tanto na decifração que está o poder encantatório do filme (e, afinal, de toda a arte). Ao contrário do que tantas vezes se ouve, o comboio não passa apenas uma vez."
[Fonte: (FN) Curtas Vila do Conde]