Hálito Azul (2018)
Blue Breath
Produção 2017
N/C
81 min
Realização: · Rodrigo Areias
Argumento: · Rodrigo Areias · Eduardo Brito
[Blue Breath is a documentary film impregnated with fiction. Part of the documental book adaptation about the life of the Portuguese fishermen covering all the coastline from North to South, finding parallelism between the actuality and the life written by Raúl Brandão 100 years ago. The objective is to bring real life and real characters to the film, building
from the book structure and trying to fictional parts of the book that find common ground with the life our characters live today. It will be a film with two layers, the first about the life and stories of modern day fishermen, seen at the light of another, the stories written in “The Fishermen”, which will be interpreted by our real characters according to their life stories.
This way we intend to emphasize the non evolution of life of this so important Portuguese community against all the evolution that surrounds us. It intends to be a poetic film that reflects the beauty of Raul Brandão’s
words in images and sounds. But above all a film about the people.]
Mais informações: Website externo
Argumento: · Rodrigo Areias · Eduardo Brito
Produção: · Oktober Film [Finlândia] · Bando à Parte [Portugal] · Gladys Glover Film [França]
Realização: · Rodrigo Areias
"... Hálito Azul assemelha-se a uma carta de amor a um local e à sua comunidade. Rodrigo Areias deslocou-se a Ribeira Quente, pequena vila piscatória na Ilha de São Miguel nos Açores, para retratar os seus habitantes e a sua relação com o mar, inspirado pelas obras “Os Pescadores” e “As Ilhas desconhecidas” de Raul Brandão. Logo no início do filme – a fotografia exemplar está a cargo de Jorge Quintela – observamos o balancear das ondas reflectido no movimento da câmara, que acompanha um barco numa saída para uma pesca que cada vez mais rareia, enquanto ouvimos histórias e mitos que vão sendo contados ao longo dos tempos, de outras alturas mais prósperas. Os textos dos livros de Raul Brandão pontuam o filme, ora entoados e declarados pelos habitantes, ora como parte de uma peça que está a ser encenada pelo teatro local.
Mesmo que de originalidade e ambição modestas, este é um olhar honesto e cativante. Areias faz um uso hábil e engenhoso da forma como usa os locais como não actores de algo que não é realmente um documentário tradicional e algo que não é exactamente uma ficção, para criar uma docuficção onde a luz e a alma residem nestas personagens locais, o verdadeiro achado do filme. Entre pequenos momentos-retrato dos hábitos locais e da forma como estes ocupam os tempos, um professor tenta ensaiar uma peça de teatro, e a presença de uma observadora das pescas alteram a rotina. Este jogo entre os não actores e os momentos encenados, em que estes declaram excertos dos livros, entre a peça que é ensaiada e a realidade que é apresentada, também ela por vezes “orquestrada” para a câmara, cria uma dinâmica enternecedora, principalmente pela forma como o filme cede o espaço principal de encenação e o protagonismo aos habitantes locais, testemunhas principais da passagem do tempo e de resistência."
[Fonte: https://www.apaladewalsh.com/]