Fernando Lanhas - Os 7 Rostos (1988)
Produção Rodagem: 1988
N/C
55 min
Realização: · António de Macedo
Assistente de Imagem: · João Guerra
Autor da Obra Original: · Fernando Guedes [Fernando Lanhas - Os 7 Rostos]
Consultor: · Fernando Pernes
Decoração: · Fernando Filipe
Direcção de Produção: · Amílcar Lyra
Direcção de Som: · João Pedro · Quintino Bastos · Vasco Pedrosa
Etalonagem: · Dora Rolim
Fotografia: · Vasco Riobom
Iluminação: · Mário Bastos · Raul Soares · Amadeu Lomar
Locução: · António de Macedo
Maquinista: · Vítor Moreira · Francisco Branco
Montagem: · Helena Alves
Música: · António de Sousa Dias
Músicos: · Luís Desirat · António de Sousa Dias
Pesquisa: · Eduardo Sá Carneiro [Sinopse]
Planificação/Sequência: · António de Macedo
Produção: · RTP · Cinequanon · Secretaria de Estado da Cultura - SEC
Produção Executiva: · Cremilde Mourão · Luís Avelar [Delegado da RTP] · Paula Veríssimo
Realização: · António de Macedo
Sonoplastia/Mistura: · Eduardo Duarte
Fernando Lanhas nasceu no Porto em 1923. É uma das figuras mais interessantes e também mais desconcertantes da arte contemporânea portuguesa.
Poeta,arquitecto, arqueólogo, desenhador, astrónomo, pintor, Lanhas é um pouco de tudo isso. E é também um sonhador cujos sonhos são cuidadosamente anotados: os mais conhecidos são os de levitação.
Na pintura, de certo modo, foi ele quem inventou o abstraccionismo, numa época em que as experiências nesse domínio eram totalmente desconhecidas, mais a mais sendo Portugal um país periférico e estando o mundo envolvido na guerra.
Em 1943, juntamente com Júlio Resende e mais um punhado de estudantes da Escola de Belas Artes do Porto, deu início às famosas exposições do grupo dos Independentes, - o primeiro movimento organizado da Arte Moderna em Portugal, do qual também faziam parte também Nadir Afonso, introdutor do geometrismo em Portugal, e mais tarde Júlio Pomar - as quais iriam marcar toda a arte portuguesa deste século. É por essa altura que Lanhas se interessa por Alvarez e, um pouco mais tarde, recupera Amadeo de Souza Cardoso, que estava completamente esquecido.
A multiplicidade dos seus interesses e a originalidade que empresta a tudo o que faz, nomeadamente na pintura, fez com que Júlio Pomar se lhe referisse como "o mais desirmanado" artista seu contemporâneo.
Este documentário regista os depoimentos de Eugénio de Andrade, Fernando Guedes, Fernando Távora, Júlio Resende, João Pinharanda e Rui Mário Gonçalves.
[Fonte: youtube.com/user/cortexoccipital]
A propósito da exposição-homenagem levada a efeito na Galeria Almada Negreiros, de Janeiro a Fevereiro de 1988, sobre a vida e a obra de Fernando Lanhas, os pontos principais dessa manifestação transformam-se em imagens vivas e actuantes. As sucessivas etapas de construção da mostra, até ao momento em que tudo ficou pronto para a inauguração oficial. Os principais aspectos da existência e da carreira do artista, desde as suas recordações de infância, até às mais recentes realizações, nos mais variados domínios - pintura, arquitectura, etnografia, poesia, arqueologia ou astronomia.
[Fonte: José de Matos-Cruz, O Cais do Olhar, 1999, p.238]