Pitões, Aldeia do Barroso (1979)
A Mountain Village
N/C
90 min
Realização: · Ricardo Costa
Argumento: · Ricardo Costa
[In this old communal village old traditions and life styles are still strong enough to make old emigrants return to their "paradise lost".
[Source: Ricardo Costa]
Argumento: · Ricardo Costa
Assistente de Imagem: · Adão Gigante
Colaboração: · Câmara Municipal de Montalegre · Manuel Viegas Guerreiro · Parque Nacional da Peneda-Gerês
Direcção de Produção: · Óscar Cruz
Fotografia: · Vítor Estevão
Mistura de Som: · Alberto Couto
Montagem: · Ricardo Costa
Produção: · Diafilme [para a RTP]
Realização: · Ricardo Costa
Som: · Paulo Morais · Vítor Duarte
«Protegida dos ventos agrestes da montanha, num vale verdejante das serranias do Barroso, em Trás-os-Montes, Pitões das Júnias é uma das aldeias comunitárias do norte de Portugal em que se encontram ainda activos os sistemas de inter-ajuda, de gestão e exploração colectiva do património: o concelho da aldeia, o forno do pão, o rebanho, a vezeira, o boi do povo.
Na velha povoação, talhada em granito, há os que lá sempre viveram e outros: velhos emigrantes que correram o mundo, que fizeram a vida toda lá fora, mas que resolveram passar os seus últimos dias na terra onde nasceram. Aqui deixaram amigos, filhos e netos, com quem agora se entretêm a contar histórias, a falar da vida. E na aldeia já há crianças letradas, que se deixam seduzir e se metem na história.
Sobreviver é saber viver com a violência: matar e esfolar um cabrito, por exemplo, ou com aquela violência, mais eloquente, de uma luta de gigantes, como a dos bois da aldeia. Impressiona. Condiz com o sorriso franco do Senhor Embaixador dos E.U.A., que aqui veio de visita. De situação em situação, de instantâneo em instantâneo, traça-se um retrato do quotidiano, de momentos únicos, seculares, mais antigos que o rosto dos homens que aqui vivem: homens receosos, ameaçados nas suas precárias riquezas, desvanecendo-se no espelho. Vivos, a viver num tempo que se esvai serenamente, como as águas límpidas do ribeiro. Deles só ficará o retrato».
[Fonte: Diafilme]