Frei Bonifácio (1918)
As Aventuras de Frei Bonifácio
Produção Rodagem: Junho de 1918
M/12
26 min
Realização: · Georges Pallu
Argumento: · Georges Pallu
Mais informações: Website externo
Adereços: · Georges Pallu · Henrique Alegria
Argumento: · Georges Pallu
Autor da Obra Original: · Júlio Dantas [Frei Bonifácio]
Decoração: · Georges Pallu · Henrique Alegria
Fotografia: · Thomas Mary Rosell
Montagem: · Georges Coutable · Georges Pallu · Valentine Coutable
Produção: · Invicta Film
Produção Executiva: · Alfredo Nunes de Mattos · Henrique Alegria
Realização: · Georges Pallu
Vestuário: · Henrique Alegria · Georges Pallu
Participa num piquenique com os pícaros frades, os quais resolvem pregar-lhe uma partida.
Na manhã seguinte, acorda rapado e vestido de franciscano, sendo tratado como se fosse o vigário da comunidade...
[Fonte: José de Matos-Cruz, O Cais do Olhar, 1999, p.18]
“Visto de hoje, oitenta e cinco anos depois, como parece? Com um fio narrativo extremamente simples e em que se descortina, nas cenas do convento, o pendor anti-clerical de Júlio Dantas, o filme alicerça-se na construção picaresca do personagem principal, com Duarte Silva a fazer jus à sua fama revisteira.
Basicamente, o filme é uma sucessão de quadros, em que é visível a formação de Pallu nos “Film d’Art”. Mas o realizador não deixou de experimentar ou ensinar processos que se viram pela primeira vez em filmes portugueses. E o caso da montagem paralela (as breves sequências da espera da mulher de Bonifácio, enquanto o marido é vitima da partida dos frades do convento) de um ou outro enquadramento mais caprichoso (um “plongée” relativamente gratuito no claustro, subjectivando o plano no olhar de um dos frades que viramos na galeria, sublinhado, aliás, por um dos raros movimentos da câmara) ou do frequente recurso aos grandes planos. E se os de Bonifácio servem para as facécias de Duarte Silva, há alguns dos frades que não estão isentos de perversidade.”
[João Bénard da Costa - Cinemateca Portuguesa]