Eram Duzentos Irmãos (1952)
Produção Rodagem: 1951
N/C
94 min
Realização: · Armando Vieira Pinto
Argumento: · Armando Vieira Pinto
Anotação: · Maria Luísa Vidigal
Argumento: · Armando Vieira Pinto
Assistente de Imagem: · Aurélio Rodrigues
Assistente de Realização: · Manuel Múrias · Vítor Costa · Alfredo Caldeira
Assistente de Som: · Augusto Lopes
Canções por: · Fernanda Peres
Caracterização: · Aguiar de Oliveira · Augusto Madureira
Colaboração: · Fernando Garcia [na Realização] · Constantino Esteves [na Realização]
Decoração: · Rui Couto
Direcção de Produção: · Alfredo Caldeira
Direcção de Som: · Enrique Domínguez
Fotografia: · Aquilino Mendes [Colaboração] · Salazar Diniz
Fotografia de Cena: · João Martins (I)
Letra das Canções: · José Galhardo
Montagem: · Constantino Esteves
Música: · Jaime Silva Filho
Música das Canções: · Frederico Valério [Fados] · Jaime Silva Filho
Operador de Imagem: · João Moreira (II)
Operador de Som: · Luís Barão
Planificação/Sequência: · Armando Vieira Pinto
Produção: · Armando Vieira Pinto
Realização: · Armando Vieira Pinto
[Fonte: José de Matos-Cruz, O Cais do Olhar, 1999, p.97]
"A presença do mar no cinema português teve, durante o decurso do Estado Novo, contornos de reforço da identidade nacional, sustentada não só na descrição do povo enquanto entidade humilde e trabalhadora, mas também na nobreza da marinha enquanto exemplo maior da participação no cumprimento do desígnio que o mar representa como destino do país. ERAM DUZENTOS IRMÃOS, atribulado filme na sua realização mas filme que marcaria uma nova forma de pensar o cinema enquanto tentativa de indústria, demonstra como o regime, sabendo-o, usou o cinema popular para demonstrar, entre ficção e falso documentário, o papel que a Marinha podia ter na ascensão social. A rocambolesca história de amores e bravura protagonizada por um naipe de atores vindos do teatro conhecidos do grande público, servia de mensagem para demonstrar como a marinha era o lugar onde os rapazes se tornavam valentes garantes do bem da nação. A sessão é completada com a exibição de uma curta que demonstra a tentativa de constituição de Portugal enquanto entidade de relevo na marinha de guerra, pensada para demonstrar, ainda, a eficácia e modernismo da frota naval num entre-guerras onde Portugal jogava um papel de agente que procurava inscrever-se na gestão militar dos mares. A sessão, realizada em colaboração com o Museu Nacional do Teatro e da Dança, será apresentada pelo investigador Paulo Baptista, que refletirá sobre as relações entre imagem e interpretação, a partir da presença dos atores e do seu impacto junto do público, face aos temas que os filmes propunham."
[Fonte: Cinemateca]