Eternidade (1992)
Produção Rodagem Out/Nov 1989
M/14
101 min
Realização: · Quirino Simões
Adaptação: · Quirino Simões
Anotação: · Maria de Fátima Ribeiro
Assistente de Imagem: · Dulval Bertranallo Costa · Artur Rbeiro
Assistente de Produção: · Dina de Freitas
Assistente de Realização: · Luís Lança · João Franco
Autor da Obra Original: · Ferreira de Castro [Eternidade]
Caracterização: · Alda de Sousa [Cabeleireira] · Cecília Matos · Teresa Nascimento
Casting: · Jorge Sampaio [Chefe]
Cenários: · Philip Williams [Assistente Adereços]
Contabilidade: · Jorge Emídio
Decoração: · Ana Andrade
Direcção de Fotografia: · Rubens Eleutério
Direcção de Produção: · Gerardo Fernandes [Chefe] · João Sampaio Santos · Minda da Fonseca
Direcção de Som: · Pedro Godinho
Electricista: · Luís Gaspar [Chefe] · Fernando Gomes · Manuel Cunha · Carlos Antunes
Fotografia de Cena: · Alda de Sousa · Teresa Pires
Maquinista: · Paulo Alves [Assistente] · Paulo Lemos [Chefe]
Montagem: · Ana Estevão · Quirino Simões
Música: · Paulo Godinho
Operador de Imagem: · Durval Costa
Operador de Som: · José Relvas
Operador de Steadicam: · Fernando Fragata
Patrocínio: · Governo Regional da Madeira · RTP
Produção: · Haway Filmes [Brasil] · Imperial Filmes
Produção Executiva: · Fernando S. Domingu [Brasil] · Paulo Gregório · Fernando Fernandes
Realização: · Quirino Simões
Secretária de Produção: · Gilberta Caires
Supervisão de Produção: · Fernando Soeiro
Vestuário: · Ana Andrade
Logo à chegada verifica as alterações havidas na vida local assistindo, no aeroporto, aos protestos populares violentamente reprimidos pela polícia.
Porém, através da influência de seu irmão Álvaro, conservador enfeudado ao regime vigente, Juvenal é apresentado à sociedade local e obtém emprego.
Álvaro, notando as fortes tendências liberais do irmão, procura, através de Locratelle, uma charmosa e sensual devoradora de homens, travar os ideais do irmão que, apercebendo-se das intenções desta, liberta-se partindo para a fazenda que vai passar a dirigir.
O seu contacto com os trabalhadores rurais vítimas de exploração aviva os seus ideais levando-o a um trabalho de consciencialização daqueles, situação que lhe acarreta dissabores com o duro capataz da fazenda e o torna alvo da desconfiança das autoridades.
Entretanto, numa deslocação cidade, a convite do seu irmão Álvaro, para um jantar social a que estavam presentes os poderosos locais, Juvenal é surpreendido pela aparição de Elisabeth, uma jovem inglesa por quem, ainda estudante, estivera apaixonado.
Apesar dos longos anos passados, a visão de Elisabeth reavivou os seus sentimentos amorosos. Desta situação, conhecida de Álvaro, procurou este tirar partido para conseguir aquilo que não tinha obtido com Locratelle. Apercebendo-se disso, Juvenal regressa à fazenda, onde depara com uma greve dos trabalhadores. Juvenal assume a liderança das negociações conseguindo obter a satisfação de algumas das reivindicações dos mesmos que o passam a considerar seu líder.
Passado algum tempo e surpreendido com a visita de Elisabeth que lhe confessa a trama tecida por Álvaro e seu marido, um rico industrial inglês, confessando, igualmente, que ainda o amava. A partir daí o relacionamento entre eles passou a ser cada vez mais íntimo.
Elisabeth parte para Londres e a situação na ilha agrava-se dia a dia, acabando por se transformar em tragédia, quando, à frente de uma enorme manifestação popular reprimida a tiro pelas forças policiais, Juvenal é ferido e segue sob prisão para o hospital.
Decorrido algum tempo, na prisão da Ilha, Juvenal recebe a visita de Elisabeth que lhe comunica ter sido condenado a prisão a ser cumprida na Ilha do Sal mas, também, que iria ser pai e que ela o seguiria para onde quer que fosse. No dia do embarque em que Juvenal é levado para o porão do navio que o levará para a Ilha do Sal, na troca de olhares entre ele e Elisabeth, transparece a esperança de um futuro próximo repleto de felicidade.
[Sinopse Oficial]
Voltando à terra natal, após longos anos de ausência, Juvenal, um engenheiro agrónomo de ideias liberais, vê-se envolvido pelas perturbações sociais na ilha da Madeira, que antecederam a revolução de 1974, as quais são condenadas pelo seu irmão Álvaro, industrial de bordados e acérrimo conservador. Exposto a teias amorosas preparadas por este, Juvenal defende energicamente os trabalhadores explorados, reencontrando Elisabeth, o grande amor da sua juventude. Ferido quando tomava parte numa manifestação popular, violentamente reprimida pela polícia, é condenado ao exílio na ilha do Sal. Elisabeth toma a decisão de o acompanhar, anunciando-lhe que irá ter um filho seu... a eternidade!
[Fonte: José de Matos-Cruz. O Cais do Olhar. p. 260]