O Movimento das Coisas (1986)
Produção Rodagem: 1978/84
N/C
85 min
Realização: · Manuela Serra
Argumento: · Manuela Serra
Mais informações: Website externo
Argumento: · Manuela Serra
Assistente de Imagem: · João Maia
Assistente de Produção: · João Beato
Assistente de Realização: · Domingos Sidónio · Teresa Vasconcelos e Sá
Direcção de Fotografia: · Gérard Collet
Direcção de Produção: · Antónia Seabra
Direcção de Som: · Richard Verthé
Electricista: · Vasco Sequeira · Sotto Mayor · Carlos Sequeira
Fotografia de Cena: · Roberto Gonçalves
Genérico: · Salvador Nogueira · José João
Mistura de Som: · Luís Barão
Montagem: · Dominique Rolin · Manuela Serra
Música: · José Mário Branco
Produção: · Manuela Serra
Realização: · Manuela Serra
Sonoplastia: · Luís Martins Saraiva
Aparentemente, é uma aldeia igual a tantas outras, onde coexistem ritmos ancestrais com influências da emigração, aldeia onde predominam as mulheres, mas onde o trabalho destas não é exclusivo e as marcas de incipiente indústria se começam a fazer sentir. Mas, desde a belíssima abertura, com o rio, as névoas, os juncos e a câmara, muito lentamente, a descobrir-nos a povoação, sentimos que há uma relação física entre o olhar da câmara e o que esta nos dá a ver, como se aquele espaço, aparentemente indefinido, fosse também o único espaço possível para a corporização do imaginário contemplativo de Manuela Serra.
[Fonte: João Bénard da Costa, in Folhas da Cinemateca, 14-12-2004]
" O MOVIMENTO DAS COISAS é um dos filmes mais curiosos que nas décadas de setenta e oitenta abordaram o universo rural do norte português. Começado a desenvolver no interior da Cooperativa VirVer, em cujos projetos Manuela Serra trabalhou durante vários anos, só seria concluído algum tempo depois. Contudo, tudo aquilo que terá sido a razão de ser da maior parte dos outros filmes documentais, sobretudo etnográficos, parece ter sido aqui depurado, senão eliminado, gerando outros sentidos. A sua simplicidade só parece ter paralelo na discrição com que foi recebido (nunca chegou a estrear comercialmente). Precisou este “filme sobre o tempo” de uma prova do tempo?"
[Fonte: Cinemateca]