Os trabalhadores que ocuparam a herdade Torre Bela - no centro do país, e pertencente ao Duque de Lafões - decidiram fundar uma cooperativa. Porém, chegam à conclusão de que, dos quatrocentos, ela apenas poderia arrancar com trinta homens e oito mulheres, escolhidos pelos camaradas entre os mais necessitados - aqueles, precisamente, que sofreram maior exploração pelo fascismo. Torre Bela luta por refeitório, posto médico, creche, casas para os operários, instalações sanitárias, melhoria e reconversão dos meios de produção. Em foco, apenas a fase inicial de um dos mais longos e penosos processos de específica transformação rural, após o 25 de Abril.
[Fonte: José de Matos-Cruz, O Cais do Olhar, 199, p.160]