O Afilhado de Santo António (1928)
Ficção Curta-metragem
Realização: · Afonso Lopes Vieira
Entidades [#1]:
- Artur Costa de Macedo · Laboratório de Imagem
Exteriores [#2]:
Benfica, Lisboa | Palácio Fronteira, Lisboa |
Estreias [#2]:
- 1928-05-16 | Teatro Ginásio, Lisboa | Estreia
- 1928-10-26 | Olympia, Porto | Estreia
Dados Técnicos:
P/B | sem som | 35 mm |
Outras informações:
O filme, em 2 partes, teve estreia no Porto (Olympia) em 26 de Outubro de 1928.
Não se conhece o paradeiro de qualquer material fílmico deste título.
As maravilhosas façanhas de um jovem, filho de humilde e numerosa família de lavradores, a quem a protecção de Santo António concede argúcia e valentia - para escapar a feiticeiras e vencer dragões, acabando por casar com a bela princesa...
(elementos tratados sobre referências de "Cinéfilo")
[Fonte: José de Matos-Cruz, O Cais do Olhar, 1999, p.39]
"Um conto infantil em que são protagonistas um pobre lavrador, a quem nasce um filho, para o qual escolhe como padrinho o taumaturgo de Lisboa.
O pequeno cresce e vai, em certo momento, de longada com os irmãos, quando o acaso os leva a uma cabana, meio escondida na floresta, que uma bruxa de há muito habita.
A bruxa esconde-os, com a terrível intenção de os matar e de os comer.
Certo dia, porém, quando os jovens são por ela obrigados a ir buscar lenha e quando voltavam com a sua carga, apareceu-lhes Santo António que não esquecera o seu afilhado e que lhes facilita a fuga, aconselhando-os a voltarem para casa dos pais.
No entanto, no caminho, dão de caras com um aviso pregado numa árvore anunciando que nas proximidades deambulava um feroz dragão, temido pelos povoados da redondezas...
No escrito estava indicado, também, que quem lograsse matar o horrendo animal ganharia a mão da princesa, filha do Rei.
Foi o afilhado do Santo quem se propôs, valentemente, dar morte ao dragão.
Então, de um renque de arbustos surgiu a figura de Santo António, que o incitou a tentar tal proeza. O animal apareceu breve, e depois de uma luta desigual e terrível, o rapaz consegue vencê-lo, prostrando-o inanimado.
No entanto um membro da corte, ao cavalgar por aqueles sítios, dá com o dragão morto e corre à corte fazendo-se passar pelo herói que matara o dragão. O Rei acredita; mas o afilhado de Santo António chega a tempo de desmascarar o intruso e demonstra ao soberano a mentira do seu vassalo. Então o Rei castiga-o, ao mesmo tempo que, cumprindo a sua promessa, concede a mão da princesa ao afilhado de Santo António.
Quando se dirigem à igreja para o enlace, surge Santo António que abençoa os jovens noivos.
[Fonte: M. Félix Ribeiro. Filmes, Figuras e Factos da História do Cinema Português 1896-1949, pp.232-234]