Operação Mar Verde (1996)
Operation Green Sea
45 min
[The stories of the old nations is made of wars, usually fair or unfair according to the times, the stages of the so called historical process and, above all, according to the colour of the winners and that of the losers. In this issue, the difference between the rest of the world and Portugal (the first great nation in the History of mankind to lead a war in 4 Continents and 3 oceans) is that the Portuguese that made the war in the colonies bring with them the mark of infamy - more than Hitler’s troops, towards whom the world makes the separation between the attitude of a normal army and the cruelties commited by the Gestapo and the SS.
During the war in the colonies, however, the Portuguese soldier only performed his duty (independently from any political and ideological reasons that are not being analysed here).
And one of the times when he best performed was during the invasion and occupation of Guinea’s capital, Conacri, in November 22, 1970.
Twenty six years later I invite you to join me in the most secret way from Sophia in Bulgary, to the archipelago of Bijagós in Guinea Bissau, passing in Lisbon, and leading to Conacri and to the first command operation of a regular army in Africa in the modern military history.
"The Operation Green Sea" is a coverage made by Henrique Vasconcelos and Rui Araújo.]
Foi realizada para obter efeitos políticos directos através da execução de um golpe de Estado em país estrangeiro, a Guiné-Conacri, por militares portugueses a actuarem com uniformes e equipamentos das forças desse país e em conjunto com elementos estrangeiros oposicionistas ao Governo, prevendo a eliminação de um chefe de Estado, Sekou Touré.
Como escreve o comandante da operação, o capitão-tenente da Marinha Portuguesa Alpoim Calvão, no seu livro "De Conacri ao MDLP", que constitui a base de informações que sobre ela se conhece, a proposta que fez ao comandante-chefe das Forças Armadas Portuguesas na Guiné tinha por objectivo principal a execução de um golpe de Estado na Guiné-Conacri, sendo os objectivos secundários a captura do líder do PAIGC, Amílcar Cabral, e a libertação dos militares portugueses prisioneiros que se encontravam em Conacri.
A operação, que nunca foi assumida por Portugal, aproveitou a existência de oposicionistas ao regime de Sekou Touré, disponíveis para participarem numa acção deste género, e visou a instalação, em Conacri, de um regime mais favorável às posições portuguesas.