Sanguetinta (2012)
Bloodink
12 min
Realização: · Filipe Abranches
Argumento: · Filipe Abranches · Pedro Moura
[A dance or a fight of two bodies opens internal dances under their skins. Two lovers curling into each other in the act of love, their fingers fondling tattoos, initiating a mechanism that will allow us to go to the other side of these tattoos, these images, as if we were Alice facing a mirror-door.]
Mais informações: Website externo
Animação: · Osvaldo Medina
Argumento: · Pedro Moura · Filipe Abranches
Co-Produção: · Animanostra
Fotografia: · Joana Amorim
Montagem: · Filipe Abranches · Nuno Amorim
Música Original: · Miguel Mocho
Produção: · Animais AVPL
Produtor: · Nuno Amorim
Realização: · Filipe Abranches
Som: · Nuno Amorim
Dois amantes, um “marinheiro” e uma “fadista”, abraçam-se, beijam-se, enrolam-se um no outro, em carícias, no acto do amor, na voracidade carnal que a paixão desperta.
Os dedos de um percorrem a pele do outro, sobretudo contornando as tatuagens, e accionam um mecanismo onírico que nos permitirá passar para o outro lado da tatuagem, dessa imagem, como se fôssemos Alice em frente a um espelho-porta.
O homem é enorme como uma rocha, a mulher é esguia como uma vaga. O encontro de ambos no espaço do quarto abre a uma exploração que lembrará muitos outros movimentos análogos da natureza e do mundo.
À medida que percorrem os corpos e descobrem as tatuagens, estas abrem-se como portais para mundos de imagens e micro-narrativas que espelham o acto do amor de ambos. As tatuagens movem-se através dos corpos dos amantes, ganham vida própria, espalham-se por toda o ecrã para um outro nível de danças de imagens.
Cada uma dessas narrativas das tatuagens conta uma série de histórias a um só tempo autónomas e implicadas na vida dos amantes.
De uma forma ritmada, vemos os corpos dos amantes no amplexo amoroso e as histórias singulares. Um naufrágio de um barco e o ataque de um polvo gigante de uma aventura adolescente, uma guitarra como instrumento do trabalho, um combate entre a tribo dos corvos (do corpo dela) e da tribo dos gatos (do corpo dele), a enciclopédia amorosa de um búzio, as maravilhas pirotécnicas de um símbolo, uma igreja em chamas de uma memória de infância.
No fim, as chamas da igreja tornam-se fumo, que se evola pelos ares. Depois descemos com o fumo e vemo-lo soltar-se de um cigarro. Os amantes descansam, anichados um no outro. Solta-se uma borra do cigarro, que queima a pele do “marinheiro”. Um outro tipo de tatuagem nasce à frente do nosso olhar.