Le Bassin de J.W. (1997)
Le Bassin de John Wayne
Produção Rodagem: 13 Mai/Jun 1997
139 min
Realização: · João César Monteiro
Argumento: · João César Monteiro
Administração de Produção: · Jean-Pierre Minhon
Anotação: · Jorge Cramez
Argumento: · João César Monteiro
Assistente de Imagem: · Anne Makhlouf · Muriel Mayret · Pedro Caldeira
Assistente de Montagem: · João Nisa
Assistente de Produção: · Alexandre Oliveira · José Correia · Maria João Matos Silva [Estagiária]
Assistente de Realização: · Ana Strindberg · Teresa Garcia · Rita Peixoto [Estagiária]
Chefe de Produção: · João Montalverne
Contabilidade: · Cristina Mascarenhas
Decoração: · Henrique Tiago · Nelson Fonseca
Direcção de Fotografia: · Mário Barroso
Direcção de Produção: · Jean-Pierre Saire · João Fonseca
Direcção de Som: · Joaquim Pinto · Pierre Gamet · Jean-Claude Laureux
Electricista: · Luís Miranda [Estagiário] · Luís Apura · Vítor Miranda [Chefe - Tita]
Etalonagem: · Dora Rolim
Fotografia de Cena: · Pedro Lopes
Genérico: · Nuno Leonel [Efeito Róseo]
Guarda-Roupa: · Isabel Quadros
Maquinista: · Paulo Miranda [Chefe] · Paulo Miranda · Alberico Santos
Montagem: · Carla Bogalheiro
Montagem Negativo: · Ana de Lourdes Claudino
Música: · Felix Mendelssohn · Antonio Vivaldi · Richard Wagner · Jacques Brel · Sergei Prokofiev · Giuseppe Verdi · Anónimo Medieval · Johann Strauss-Pai · Gioachino Rossini
Perche: · António Pedro [Estagiário] · Brigitte Taillandier
Produção: · Fábrica de Imagens · Euripide Productions [França]
Produção Executiva: · José Mazeda · Jean-Pierre Saire
Produtor: · Frederic Sichler · José Mazeda · Daniel Toscan du Plantier
Realização: · João César Monteiro
Secretária de Produção: · Pascale Hornus · Cristina Mascarenhas
Som: · Marie-Jeanne Wickmans [Ruídos]
Sonoplastia: · Joaquim Pinto [e Mistura]
Texto: · Pier Paolo Pasolini · Anónimo Esquimó · August Strindberg · André Breton · Teixeira de Pascoaes
Deixando Jean de Dieu perplexo, Henrique desaparece tão enigmática e misteriosamente como havia aparecido.
Em casa de Paul e Marianne, um casal amigo de Jean de Dieu o assunto da conversa é o sonho do velho marinheiro que, como um fantasma, contamina progressivamente o imaginário dos presentes.
Ao passar numa rua, Jean de Dieu é inesperadamente abordado por Henrique, que acaba de sair de um banco.
Num cais do Tejo, abrigados por um chapéu- de- chuva, Jean de Dieu e Henrique partilham um desejo comum: pôr fim aos seus dias. Todavia, antes de tomarem a fatal decisão, resolvem dar ainda uma volta pela cidade e passar a noite num cabaret, onde à fauna tradicional se junta uma frequência infantil e um grupo de delinquentes de índole nazi- fascista.
Finda a noitada, regressam ao cais e procuram um lugar julgado bom para morrerem. Conforme o prometido, Henrique deita-se finalmente a afogar. Jean de Dieu afoga o desgosto ao balcão de uma taberna e julga ver uma aparição de Henrique. Trata-se, na realidade, de Max, desgostoso por ter sido enganado pela mulher.
A tertúlia em casa de Paul e Marienne é dominada pela lembrança do funesto evento da véspera. Catarina, uma jovem amiga do casal, oferece os seus préstimos, que não são parcos, a um inconsolável Jean de Dieu.
Paul conta um sonho que retoma o périplo lisboeta de Henrique e Jean de Dieu, introduzindo-lhe o encontro com Ariane, uma jovem que vende rosas numa carroça amarela puxada por um burro ( Lúcio).
Paul, representando o papel de Henrique, Catarina, o de Ariane e Jean de Dieu, o seu próprio, ensaiam o relato da viagem através dos mesmos lugares, até ao abandono de Ariane e ao duplo suicídio de Henrique e Jean de Dieu.
Ao balcão da taberna, Jean de Dieu e Max embebedam-se. Paul aparece, segreda qualquer coisa ao ouvido de Jean de Dieu e acompanha-os nas libações.
Jean de Dieu visita Marianne. Esta anuncia-lhe que Paul partiu por ter sonhado que John Wayne mexia maravilhosamente a bacia no Pólo Norte. Os zurros de um burro, vindos do televisor, chamam-lhes a atenção : Catarina, tornada Ariane, e Henrique, aliás João de Deus, recém-casados e acompanhados por Lúcio, aliás Luciano, são entrevistados quando preparam a partida para o Pólo Norte.
Marianne convida Jean de Dieu para, também eles, mexerem maravilhosamente a bacia no Pólo Norte. Jean de Dieu não vê inconveniente, mas não quer ouvir falar mais no Pólo Norte.
João de Deus e Ariane, montada em Luciano, iniciam a longa caminhada para o Pólo Norte, enquanto a Wermacht, como num mau sonho, desfila em sentido inverso.
A oeste nada de novo.
[João César Monteiro]