Viveu quase 95 anos. Projectou 700 habitações. Deixou um espólio de mais de 2000 documentos. Foi arquiteto, aguarelista, decorador, cenógrafo, desenhador, figurinista, escritor, articulista de jornais. Considerava-se um homem livre, como um cipreste.
Mas, tal como o cipreste, que está preso à terra, também Raul Lino era dependente: dos clientes, da família do Poder.
Foi quase canonizado e quase vilipendiado, mas foi sobretudo um dos maiores arquitetos portugueses do século XX. Chamava-se Raul Lino.
O filme conta com depoimentos dos especialistas em arquitectura Diogo Lino Pimentel, Pedro Vieira de Almeida, Raul Chorão Ramalho e Nuno Teotónio Pereira; com os testemunhos das filhas do arquitecto, Maria Cristina e Isolda; com declarações de moradores nas casas projectadas por Raul Lino (Peter e Karen Bright e Vasco Salema); e sobretudo com as imagens do espólio e da obra edificada do arquitecto.