Varadouro (2013)
11 min
Documentário Experimental
Realização: · João da Ponte · Paulo Abreu
Dados Técnicos:
Cor |
Outras informações:
# Festivais e Prémios:
# 2014 - IndieLisboa, Secções: Cinema Emergente, Competição Nacional
# Comentário:
“Varadouro” é o segundo filme de Paulo Abreu filmado em solo açoriano e novamente na Ilha do Faial, revelando desta feita uma descomunal sensibilidade na captação da pulcritude dos espaços insulares e dos sons da “natureza extrema” que habitam esta ilha e de que o arquipélago é pródigo. É claro que muitas das instigantes soluções videográficas do “Brel nos Açores”, espectáculo de Nuno Costa Santos, pertenciam já a Paulo Abreu, confirmando assim o seu sentido estético e desalmado gosto pela experimentação, para lá do risco que as paisagens e os barulhos insulares lhe sugerem. Este documento fílmico apresenta somente dez minutos de contemplação dessa piscina natural, desde o azul do atlântico até às suas profundezas, e, na verdade, é como se estivéssemos deleitados na capital de veraneio faialense, em plena costa ocidental, acompanhados por ilhéus a banhos, numa paisagem formada por rochas basálticas de lava incandescente e a memória de forasteiros de relevo que por ali passaram (Jacques Brel esteve lá em 1974, ou ainda sir Peter Ustinov e o escritor Mark Twain), acrescentando-lhe narrativas e ensejos pícaros com essa evocação. No fundo, tal como eles, é fácil deixar-se encantar por aquela fajã de clima ameno, quase tropical e dada a novos arrastamentos, à semelhança da vida do caracol, o popular tema musical açoriano cantado aqui pela excelsa voz do terceirense Carlinhos Medeiros. Este objecto cinematográfico contou ainda com a colaboração na realização de João da Ponte, conhecido cineclubista micaelense, tratando-se dum contributo desta dupla para o Doc´s Kigdom, seminário internacional sobre cinema documental realizado recentemente na Ilha do Faial.
[Fonte: http://doutemelancolia.blogspot.pt/]
No Faial, Açores, Varadouro percorre as piscinas naturais da região num documentário que de um momento para o outro ganha uma dimensão mitológica.