Uma antiga hospedaria, situada no centro do Porto, serviu, durante muitos anos, a albergue de gente com poucas posses, a prostitutas e gente de passagem que fez daquele local residência mais ou menos prolongada.
No final de 2013, a inquilina, que subalugava os quartos, entregou a chave ao proprietário. Nos 14 quatros que compõem o edifício, foi deixado para trás quase tudo, desde camas por fazer a todo o tipo de objetos, como brinquedos, cartazes, cadeiras e escadotes, roupas e sapatos nos armários. Um diário escrito por uma criança e encontrado no local, remete-nos para o tipo de ambiente - sombrio e violento - que se vivia na hospedaria. Deixou, essencialmente, memórias que projectamos no tempo e no espaço, ecos e sons, imagens do vazio e abandono de um espaço que já não é habitado.
No final de 2013, a inquilina, que subalugava os quartos, entregou a chave ao proprietário. Nos 14 quatros que compõem o edifício, foi deixado para trás quase tudo, desde camas por fazer a todo o tipo de objetos, como brinquedos, cartazes, cadeiras e escadotes, roupas e sapatos nos armários. Um diário escrito por uma criança e encontrado no local, remete-nos para o tipo de ambiente - sombrio e violento - que se vivia na hospedaria. Deixou, essencialmente, memórias que projectamos no tempo e no espaço, ecos e sons, imagens do vazio e abandono de um espaço que já não é habitado.