Quatro documentários que realçam o sentido da ligação entre a RTP e os seus telespectadores emigrantes portugueses, referentes ao pólo de emigração de Kitimat (Canadá), e em Goa, junto de uma população que se vai alimentando da língua portuguesa e que revê os contornos da sua história nas esquinas dos monumentos e nos ecrãs dos seus televisores.

… Então partimos viagem com dois destinos no horizonte: Canadá e Goa.
Primeiro avançámos pela British Columbia para saber das vidas dos portugueses que por ali se fixaram.
- Onde vive ? O que faz ? De onde veio ? O que significa a palavra saudade ?
Depois, a pergunta mais importante:
- Onde é para si “mais perto de casa” ?
Mas a resposta nem sempre se mostrou fácil. Dependia do sentimento, do espírito, do ser de cada um.
Por isso seguimos ruas da cidade de Vancouver, cruzámos portas, entrámos em mil lugares e até soubemos de um português que por ali estivera, ainda no século XIX.
E subimos até Kitimat, uma cidade “erguida” com a colaboração de muitos portugueses; a partir dos anos 50 do século XX.
- Onde é para si “mais perto de casa” ?
Outra vez a resposta a depender do sentimento, do espírito, do ser de cada um – enquanto os ursos corriam na berma das estradas até se refugiarem na floresta branca de neve.
E o que têm os ursos e a neve a ver com “mais perto de casa” ?
Se falarmos de Goa têm tanto quanto o terrível movimento das ruas de Pangim, as barcaças de minério de ferro sublinhando os rios Mandovi e Zuari, as festas do deus Ganesh, o calor húmido daquele oriente.
É que, afinal, o lugar “mais perto de casa” pode ser tão longe ou tão perto como o próprio mundo.
Depende dos muitos fios com que se tece a vida.
Ficou provado.