Posto Avançado do Progresso (2015)
An Outpost of Progress
N/C
120 min
Realização: · Hugo Vieira da Silva
Argumento: · Hugo Vieira da Silva
Mais informações: Website externo
1º Assistente de Realização: · Pedro Madeira
Adereços: · Paula Szabo
Argumento: · Hugo Vieira da Silva
Assistente: · Inês Branco [Guarda-Roupa]
Assistente de Câmara: · Tiago Augusto · Inés Duacastella · Lucie Baudinaud [Testes]
Assistente de Montagem: · Tiago Augusto [coordenação da pós-produção]
Assistente de Produção: · Luís Filipe Ferreira
Autor da Obra Original: · Joseph Conrad
Casting: · Zé G. Pires
Co-Produção: · Leopardo Filmes
Colorista: · Marco Amaral
Decoração: · Isabel Branco
Direcção de Fotografia: · Fernando Lockett
Direcção de Produção: · Ana Pinhão
Direcção Musical: · Kasimir José Sendas
Efeitos Especiais: · José Matos
Efeitos Sonoros: · Pascal Mazière
Electricista: · Augusto Afonso
Guarda-Roupa: · Lucha d’Orey · Tânia Franco
Maquilhagem: · Iris Peleira
Maquinista: · Ângelo João
Montagem: · Paulo MilHomens
Montagem de Som: · António Lopes
Produção: · Alfama Films
Produtor: · Paulo Branco
Produtor Executivo: · República Filmes
Realização: · Hugo Vieira da Silva
Secretária de Produção: · Sofia Gomes
Som: · Pierre Tucat
À chegada à feitoria, os dois homens conhecem Makola, um Angolano, também ele estrangeiro naquele local, responsável pela manutenção do armazém do posto e pelas relações comerciais com as aldeias vizinhas.
Entretanto a promessa de lucro fácil não se cumpre e as duas personagens acabam por penar num espaço desconhecido. Isolados no coração de uma selva tropical vasta e opressiva aproximam-se um do outro. No entanto a experiência também pode ser libertadora: Através do álcool e das drogas que partilham com Makola e com os outros locais descobrem uma floresta "mágica" e um novo mundo sensorial de onde vão emergir fantasmas que mais não são do que figuras da esquecida e ancestral história do reino do Congo e da sua relação de 400 anos com os Portugueses. Através do extâse desenvolvem laços emocionais com os Africanos e uma dependência em relação a Makola.
Com o correr do tempo o posto degrada-se e os mantimentos não são suficientes. Os dias sucedem-se, aborrecidos e sem grande sentido: Os dois homens vivem numa espécie de torpor permanente à espera do Marfim, promessa de riqueza súbita ou de um barco-vapor da companhia que deveria chegar para o reabastecimento de víveres. Passam meses e a vida torna-se difícil.
Um dia Makola aproveita-se da “ausência” dos dois homens brancos para exercer os seus talentos de comerciante com uns caçadores Congoleses que os visitam. Durante a noite Makola troca todos os empregados da feitoria por um carregamento de marfim. Ao descobrirem, os jovens Portugueses ficam chocados perante a traição de Makola, a evidência da escravatura e sobretudo pela ameaça da solidão. Afinal aqueles empregados do posto eram, mesmo que de forma ténue, uma das poucas ligações afectivas que possuíam. Inicia-se uma verdadeira degradação física e mental. João de Mattos e Sant'Anna sobrevivem num lugar onde a distinção entre real e irreal, passado e presente se esfuma: Os fantasmas do colonialismo, da escravatura e dos mitos fundadores dos reis Congoleses multiplicam-se. A história reprimida dos povos Kongo insurge-se, a longa história de que os Portugueses João de Mattos e Santa'anna fazem parte mas que parecem ignoram.
Em plena alucinação, zangam-se por um pedaço de açúcar. João de Mattos recusa-se a partilhar as suas reservas com Sant`Anna que furioso o persegue. João de Mattos acidentalmente mata o seu companheiro e desesperado suicida-se. O vapor da companhia finalmente chega, o grande-director Português desembarca: Anuncia-se a falência de um projecto colonial que no entanto vai prosseguir...
[Fonte: Leopardo Filmes]