Dreamocracy (2014)
N/C
80 min
Realização: · Raquel Freire · Valérie Mitteaux
Argumento: · Raquel Freire · Valérie Mitteaux
Mais informações: Website externo
Argumento: · Valérie Mitteaux · Raquel Freire
Co-Produção: · Cinétévé [França] · Ukbar Filmes
Correção de Cor: · Marco Amaral
Desenho de Som: · Elsa Ferreira
Mistura de Som: · Vasco Pimentel
Montagem: · Tomás Baltazar
Patrocínio: · Fundação Calouste Gulbenkian
Produtor: · Fabienne Servan Schreiber · Pablo Iraola · Pandora da Cunha Telles · Lucie Pastor
Realização: · Raquel Freire · Valérie Mitteaux
Descobrimos o país através do grupo de jovens idealista s que inspirados na Primavera Árabe,
organizaram o grande protesto popular de 12 de Março de 2011. Conseguiram mobilizar meio milhão de pessoas contra as medidas de austeridade, o que os impulsionou a irem mais longe e criarem a “Academia Cidadã” para empoderar as/os cidadãs/ãos e a criarem ferramentas para salvar a democracia.
Seguindo novas formas de fazer política, Dreamocracy traz-nos um outro olhar sobre o activismo contemporâneo, que parte de casa, da internet e sai para a rua à procura da mudança real e de novos paradigmas.
Nota de Intenções:
"Nunca nada em vão. DREMOCRACY. O sonho da democracia? Onde está a democracia?
Este filme foi realizado com outra cineasta, francesa, Valérie Mitteaux, com o seu olhar exterior, para que tudo fizesse sentido. Co-realizar foi extraordinário. Dois pontos de vista no mesmo filme. É essa a sua complexidade e riqueza.
Este é o filme que eu tinha que fazer agora. Sobre nós. Pessoas que vivemos neste país. Feito do sofrimento que nos infligem e da luta e esperança que dia a dia construímos.
O cinema é também isto. É questionar, abalar, pôr-me em causa - por isso estou dentro – como estar de fora ? – do meu país, da minha vida, da minha família, dxs amigxs, do meu filho?
Estou preparada para a incompreensão democrática. Para a censura encoberta, para a cobardia e a mediocridade, não. O cinema é sabermos quem somos, fazermos escolhas, assumirmos de que lado estamos, quem queremos ser, e termos a coragem de nos expor. Estamos todos a cair no abismo e não!, eu digo não, exijo ter um futuro, uma vida digna, fazer filmes.
Senão como é que eu vou explicar ao meu filho que daqui a uns anos ele vai ser um cidadão de segunda ou terceira num país colonizado?
Querem que eu fique de fora? Fora exactamente do quê? Do que eu filmo? Algum cineasta em 1939 que valha a pena ficou fora?
Nunca nada em vão.
Esta é a minha gente. Sim, que escolhi.
Não lavo as mãos, como Pilatos. Sem máscaras. Este é o meu país. Este é o meu cinema.
Raquel Freire, Lisboa, 2014"