Piratas. Um tesouro. O bem. O mal. Como num conto para crianças. E a história ser o verdadeiro tesouro.
Um jovem de coração puro, apologista da liberdade de espírito, que é confrontado com a imposição social de enriquecer a todo o custo.
Um coro de crianças cegas que tenta abrir os olhos dos não crentes para a fé cristã.
Um bordel de ex-monjas criado pela contingência de não poderem pagar a renda do convento.
São todos estes paradoxos, contendo uma certa dose de ironia, que transformam o aparente conto infantil numa fábula filosófica.
Estranhas anomalias físicas, bolsas sempre cheias de dinheiro, manuscritos indecifráveis, cidades invisíveis, guardiões zarolhos, todos os elementos essenciais a este tipo de narrativa, intercalados com discussões filosófico-teológicas, e que reforçam o ambiente geral de mistério e suspense. Tudo isso fazendo adivinhar um filme cativante pela riqueza das suas personagens e situações.
[Fonte: Madragoa Filmes]