António Lopes Ribeiro



Nasceu: 1908-04-16 · Morreu: 1995-04-14

Local de nascimento: Lisboa
Local de óbito: Lisboa
Nacionalidade: Português
Dados adicionais:

Realizador
Frequentou o Anglo-Portuguese College e concluiu o curso secundário no Liceu Pedro Nunes. Em 1926 frequenta o Curso Geral do Instituto Superior Técnico mas não conclui o curso.
Jornalista e crítico a partir de 1925 em diversas revistas e jornais, com o pseudónimo de Retardador. Em 1926 inicia a sua actividade como crítico de cinema no jornal humorístico Sempre Fixe onde lançou a crítica «Fitas Faladas», sob o pseudónimo de «Retardador». Em 12 de Julho de 1927, lança no “Diário de Lisboa”, a convite do director Joaquim Manso, Arte Cinematográfica / O Claro-Escuro Animado; “primeira página dedicada exclusivamente ao cinema que um jornal diário publicou em toda a imprensa mundial” - segundo o autor, que assinava com as iniciais A.R. e o pseudónimo Retardador.
Em 1927 trabalha como crítico no Diário de Lisboa. Em 1928 fundou Imagem com Chianca de Garcia, e ainda o semanário Kino e o Animatógrafo, em 1930. O seu nome está ligado a, pelo menos, sete publicações periódicas.
Em 1929 faz uma visita a todos os centros europeus do cinema de então – Paris, Berlim, Varsóvia, Moscovo, Viena, Milão e Barcelona. Interrompe o Curso superior e dedica-se à criação dum cinema português. Como representante da imprensa cinematográfica, é designado pelo Governo (Diário do Governo de 12 de Agosto de 1930) para a Comissão de especialistas para o estudo do estabelecimento de produção regular de filmes em Portugal, que culmina na criação da Tobis Portuguesa, em 1932.
Em 1933 foi preso por ter tomado a defesa de M. Bernard Brunius, um jovem assistente de Max Nosseck, que ousara criticar o regime de Salazar e por isso fôra metido na prisão. Contudo, este acidente de percurso, não impediu que se tornasse num dos realizadores portugueses que mais trabalhou para esse regime e de forma tão assumida.
Em 1941 fundou as Produções António Lopes Ribeiro que, entre outros filmes produziram Camões, de Leitão de Barros, e Aniki-Bóbó de Manoel de Oliveira e contribuíram para promover o cinema português no estrangeiro.
Foi o apresentador e o Produtor na Radiotelevisão Portuguesa (RTP), do «Museu do Cinema».

Participações [#209]