Rock Bottom Riser (2021)

N/C

70 min

Documentário  

Realização:  ·  Fern Silva

A primeira longa-metragem de Fern Silva é um filme-ensaio produzido no Havai, que mistura géneros cinematográficos que vão do documentário à animação, assim como temáticas que tocam a astronomia, a geologia e a etnografia. Ao explorar o que une o ser humano à natureza que o rodeia e ao cosmos que o alberga, este filme olha também para o impacto do colonialismo nessa mesma ilha

Esta história sem princípio nem fim que Fern Silva se propõe contar-nos, tem como ponto de partida a montanha mais sagrada do Havai. Dois campos opostos, duas perspectivas sobre a temporalidade também. Há aqueles que olham para as estrelas e querem construir o maior telescópio do mundo, ambicionando cartografar o sistema solar e o que está para além dele, encontrar novos mundos. E depois existem os outros, que, de forma mais modesta, pretendem preservar a sua cultura e lutam contra os novos colonizadores que querem profanar uma vez mais as suas terras, mais preocupados pelo infinito do universo do que pela ameaça real, actual e imediata que representam as torrentes de lava cuspidas dos vulcões que rodeiam a ilha. Fern Silva não toma partido, deixando a cada um a faculdade de formar a sua própria opinião, convencido que há razões dos dois lados e de que não há heróis e bandidos nesta história. O que há é uma disputa importante e, ao mesmo tempo, fútil, condicionada pela possibilidade de uma erupção, que pode apagar memórias para todo o sempre. Na terra dos surfistas, falta propósito ou finalidade. Nada mais do que pistas ténues apercebidas ao longe na crista de uma onda que pede para ser explorada, galgada e domada, como tantas páginas em branco que o espírito humano pode divagar, e perder-se infinitamente. E deste modo, inscrever na água a grandeza da sua passagem efémera pela Terra.
[Fonte: (Mickäel Gaspar) IndieLisboa]

[Fern Silva’s first feature film is an essay-film produced in Hawaii, which mixes cinematographic genres that range from documentary to animation, as well as themes that touch upon astronomy, geology and ethnography. While exploring what unites human beings with the nature that surrounds them and the cosmos that encloses them, this film also looks at the impact of colonialism on that same island.

This story without beginning or end that Fern Silva proposes to tell us, has as its starting point the most sacred mountain in Hawaii. Two opposed fields, two perspectives on temporality as well. Some look at the stars and want to build the largest telescope in the world, aiming to map the solar system and beyond, for the explorers and great conquerors of the future, and to find new worlds. And then there are the others who, more modestly, intend to preserve their culture, fighting against the new colonisers who want to desecrate their lands once more and are concerned about the Universe’s infinite, real, current and immediate threat: The lava torrents spewed from the volcanoes surrounding the islands. Fern Silva does not take sides, leaving to each one the faculty of forming their own opinion, convinced that there are reasons on both sides and that there are no heroes or bandits in this story. There is an important and, at the same time, futile dispute, conditioned by the possibility of an eruption, which can erase memories forever. In the land of surfers, meaning or purpose are missing. Nothing but faint clues noticed in the distance, on the hollow of a wave, asking only to be explored, surfed and tamed, like so many blank pages on which the human spirit can wander and get lost infinitely. And, that way, inscribing on the water the greatness of its ephemeral passage on Earth. (Mickäel Gaspar)]

Videos [#1]:
  • [Trailer]
Equipa

Países [#2]:
  • Portugal (PT)
  • Estados Unidos da América (EUA)

Dados Técnicos:
Cor |

Outras informações:
Festivais e Prémios:
# 2021 - IndieLisboa, Competição Nacional