Maria Eduarda Gonzalo é o nome artístico de Maria Luciana Martins, actriz nascida em Olhão em 1913, que participou em dois filmes de Carlos Porfírio Um Sonho de Amor (1945) e Um Grito na Noite (1947).
Maria Luciana Martins era filha de gente simples de Olhão, de mãe vendedora na praça e de pai aguadeiro.
É educada por uma madrinha que lhe dá cultura de uma menina de classe média.
Casa com um homem do mar de quem tem duas filhas mas, algum tempo depois separa-se e segue para Lisboa.
Emanuel Correia traça o encontro da ainda Maria Luciana com o seu futuro director cinematográfico - Carlos Porfírio:
"Maria Eduarda Gonzalo, terá ordenado ao seu motorista a paragem do automóvel em frente aos estúdios da Cinelândia (...) Bateu à porta e apareceu a abrir essa mesma porta o cineasta Carlos Porfírio.
Era uma tarde de Primavera fria.
A senhora, primorosamente trajada ostentava gola de visons e aquecia as mãos em regalo condizente.
Carlos Porfírio terá ficado perturbado com a beleza da interlocutora e, extremamente delicado, convidou a dama a entrar."
Está feita a apresentação da estrela que desponta aos 32 anos, no firmamento cinematográfico português. E da estreia do seu primeiro filme - Um Sonho de Amor -, escreve o Diário de Notícias de 24 de Agosto de 1948:
"A Lisboa de 1900 - com a sua rede de intrigas, frivolidades e modas precárias - atravessada por um caso sentimental, em que se confrontam preconceitos e dramas, sátira e tragédia. Sentindo a perfeição, Fernanda (Maria Eduarda Gonzalo) acaba por morrer de amor."
Ainda a artista olhanense vem a Faro para as filmagens do seu segundo e último filme, também sob a direcção de Carlos Porfírio - Um Grito na Noite: estamos em 1947, a protagonista é Francisca, o cenário é a serra algarvia, o tema é o amor e o contrabando.
Maria Eduarda recebe convites para o Teatro Nacional D. Maria II. É um pequeno papel na peça de Heral Van Leyden, O Cardeal Primaz. Leitão de Barros sente-se atraído pelo rosto belo e trágico da algarvia, e convida-a para o seus Vendaval Maravilhoso, mas Maria Eduarda declina o convite talvez por não se achar preparada, sendo este papel oferecido a Amália Rodrigues.
Fonte: baseado em artigo publicado no "O Olhanense" em 1-2-2003, da autoria de Teodomiro Neto. (enviado por António Paula Brito Pina)
Maria Luciana Martins era filha de gente simples de Olhão, de mãe vendedora na praça e de pai aguadeiro.
É educada por uma madrinha que lhe dá cultura de uma menina de classe média.
Casa com um homem do mar de quem tem duas filhas mas, algum tempo depois separa-se e segue para Lisboa.
Emanuel Correia traça o encontro da ainda Maria Luciana com o seu futuro director cinematográfico - Carlos Porfírio:
"Maria Eduarda Gonzalo, terá ordenado ao seu motorista a paragem do automóvel em frente aos estúdios da Cinelândia (...) Bateu à porta e apareceu a abrir essa mesma porta o cineasta Carlos Porfírio.
Era uma tarde de Primavera fria.
A senhora, primorosamente trajada ostentava gola de visons e aquecia as mãos em regalo condizente.
Carlos Porfírio terá ficado perturbado com a beleza da interlocutora e, extremamente delicado, convidou a dama a entrar."
Está feita a apresentação da estrela que desponta aos 32 anos, no firmamento cinematográfico português. E da estreia do seu primeiro filme - Um Sonho de Amor -, escreve o Diário de Notícias de 24 de Agosto de 1948:
"A Lisboa de 1900 - com a sua rede de intrigas, frivolidades e modas precárias - atravessada por um caso sentimental, em que se confrontam preconceitos e dramas, sátira e tragédia. Sentindo a perfeição, Fernanda (Maria Eduarda Gonzalo) acaba por morrer de amor."
Ainda a artista olhanense vem a Faro para as filmagens do seu segundo e último filme, também sob a direcção de Carlos Porfírio - Um Grito na Noite: estamos em 1947, a protagonista é Francisca, o cenário é a serra algarvia, o tema é o amor e o contrabando.
Maria Eduarda recebe convites para o Teatro Nacional D. Maria II. É um pequeno papel na peça de Heral Van Leyden, O Cardeal Primaz. Leitão de Barros sente-se atraído pelo rosto belo e trágico da algarvia, e convida-a para o seus Vendaval Maravilhoso, mas Maria Eduarda declina o convite talvez por não se achar preparada, sendo este papel oferecido a Amália Rodrigues.
Fonte: baseado em artigo publicado no "O Olhanense" em 1-2-2003, da autoria de Teodomiro Neto. (enviado por António Paula Brito Pina)