Local de nascimento: Lisboa Nacionalidade: Portuguesa Dados adicionais:
Produtora, Exibidora, Distribuidora
Fundada por Júlio Costa, que Félix Ribeiro considera ser o nosso primeiro industrial de cinema.
"Júlio Martins Costa, filho de um comerciante de fazendas, com estabelecimento na Rua do Comércio, de sociedade com João Almeida, adquiriu por três contos de reis o Salão Ideal, assim como alguns outros locais que lhe ficavam imediatamente anexos. Ao mesmo tempo, a empresa Almeida & Costa, com intuito de fazer voltar de novo para o popular cinema do Loreto a sua clientela, remodelava-o quase completamente, tendo as obras respectivas sido realizadas mesmo com a sala a funcionar, dando-lhe, dessa forma, um novo e mais agradável aspecto, a par de maiores comodidades para o público.
Júlio Costa, gerente da firma, homem de propósitos firmes, e ao mesmo tempo audacioso e persistente nos negócios que empreendia, querendo furtar-se às exigências das entidades que, ao tempo, negociavam o aluguer de filmes, (muito particularmente o austríaco Carlos Stella, desde 1908 dedicado à actividade que hoje se define por distribuidor, e que lograra obter representação de muitas das principais entidades produtoras europeias e, até mesmo, americanas), uma vez concluído o contrato entre a Empresa Portuguesa Cinematográfica Ideal, Lda e a firma de Stella, relativo ao fornecimento de programas para o seu cinema, foi de abalada até lá fora, conseguindo adquirir em Barcelona, tal como em Paris e em Manchester, o material fílmico que lhe era necessário para a exploração do Salão Ideal, fornecendo esse material, depois de exibido, aos cinemas da província, já então em número suficiente para o bom caminho da sua distribuidora."
(...) A Empresa tinha um Estúdio ou "Atelier de Pose", um Laboratório e uma secção de aluguer de filmes que Júlio Costa adquirira no estrangeiro.
"Assim nascia em Portugal uma nova entidade dedicada à produção de filmes - a «Empresa Cinematográfica Ideal - Manufactura Portuguesa de Película».
Enquanto se construía o estúdio, e para não estar inactiva, a Empresa Ideal, tal como antes a Portugália Film e depois a Invicta Film, deu início à sua actividade, sem esperar pelo termo dos respectivos trabalhos. Foi assim que, para ser dado começo à iniciativa, empreendeu a realização de documentários."
[M. Félix Ribeiro, Filmes, Figuras e Factos da História do Cinema Português 1896-1949, 1983, pp.43-45]
Fundada por Júlio Costa, que Félix Ribeiro considera ser o nosso primeiro industrial de cinema.
"Júlio Martins Costa, filho de um comerciante de fazendas, com estabelecimento na Rua do Comércio, de sociedade com João Almeida, adquiriu por três contos de reis o Salão Ideal, assim como alguns outros locais que lhe ficavam imediatamente anexos. Ao mesmo tempo, a empresa Almeida & Costa, com intuito de fazer voltar de novo para o popular cinema do Loreto a sua clientela, remodelava-o quase completamente, tendo as obras respectivas sido realizadas mesmo com a sala a funcionar, dando-lhe, dessa forma, um novo e mais agradável aspecto, a par de maiores comodidades para o público.
Júlio Costa, gerente da firma, homem de propósitos firmes, e ao mesmo tempo audacioso e persistente nos negócios que empreendia, querendo furtar-se às exigências das entidades que, ao tempo, negociavam o aluguer de filmes, (muito particularmente o austríaco Carlos Stella, desde 1908 dedicado à actividade que hoje se define por distribuidor, e que lograra obter representação de muitas das principais entidades produtoras europeias e, até mesmo, americanas), uma vez concluído o contrato entre a Empresa Portuguesa Cinematográfica Ideal, Lda e a firma de Stella, relativo ao fornecimento de programas para o seu cinema, foi de abalada até lá fora, conseguindo adquirir em Barcelona, tal como em Paris e em Manchester, o material fílmico que lhe era necessário para a exploração do Salão Ideal, fornecendo esse material, depois de exibido, aos cinemas da província, já então em número suficiente para o bom caminho da sua distribuidora."
(...) A Empresa tinha um Estúdio ou "Atelier de Pose", um Laboratório e uma secção de aluguer de filmes que Júlio Costa adquirira no estrangeiro.
"Assim nascia em Portugal uma nova entidade dedicada à produção de filmes - a «Empresa Cinematográfica Ideal - Manufactura Portuguesa de Película».
Enquanto se construía o estúdio, e para não estar inactiva, a Empresa Ideal, tal como antes a Portugália Film e depois a Invicta Film, deu início à sua actividade, sem esperar pelo termo dos respectivos trabalhos. Foi assim que, para ser dado começo à iniciativa, empreendeu a realização de documentários."
[M. Félix Ribeiro, Filmes, Figuras e Factos da História do Cinema Português 1896-1949, 1983, pp.43-45]